quinta-feira, 26 de abril de 2012

Triste fado do Sporting em San Mamés (3x1)

Ambição, vontade, crença e espírito de sacrifício foram características que o Sporting apresentou no Estádio San Mamés mas que não chegaram para os leões garantirem o apuramento para a final da Liga Europa.

A equipa de Ricardo Sá Pinto, ao contrário de Manchester United e Schalke 04, em nada ficou atrás do Athletic Bilbao e tudo fez para carimbar o passaporte para a final de Bucareste. Não merecia a eliminação, mas do lado contrário encontrou um adversário que desde o primeiro minuto estava disposto a anular a vantagem que os portugueses possuíam, fruto do triunfo por 2x1 em Alvalade.

Foi um triste fim do Sporting na Liga Europa. O golo que valeu o apuramento dos bascos apenas surgiu a dois minutos do 90 quando já quase todo o estádio esperava pelo prolongamento. Llorente assim não o quis, marcou e eliminou os leões. Por tudo o que fez, a equipa de Alvalade merecia mais e, por mais briosa que tenha sido a prestação leonina, são os golos que contam no final.

17 minutos foi o tempo que durou a vantagem que o Sporting trazia de Lisboa. Após ter aguentado a pressão inicial dos bascos, os leões, num lance que começou com uma falta não assinalada sobre Schaars, sofreram o primeiro golo, com Markel Susaeta a bater Rui Patrício após um remate executado dentro da área.

Festa no País Basco com o golo de Susaeta e que colocava o Athletic Bilbao na frente do marcador e da eliminatória, em virtude do golo marcado fora de casa. No entanto, apesar da contrariedade, o Sporting nunca virou a cara a luta e, por vezes nem sempre da melhor maneira mas com uma enorme raça, começou a aproximar-se da baliza do adversário.

Anderson Polga, aos 33 minutos, lançou o primeiro aviso, obrigando o guarda-redes Gorka Iraizoz a uma boa intervenção, após um cabeceamento na sequência de um pontapé de canto. Foi, de resto, um pronuncio para o que viria a acontecer dez minutos depois, quando Ricky van Wolfswinkel rematou de forma certeira para o fundo da baliza do Athletic Bilbao.

Marcar perto do intervalo é sempre um tónico importante para qualquer equipa e o Sporting conseguiu-o, empatando o resultado e, principalmente, voltando a colocar-se em vantagem na eliminatória. Todavia, o Athletic Bilbao foi célere na recuperação e no minuto seguinte voltou a marcar por intermédio de Ibai Gómez.

Apenas um minuto depois da festa do golo de Van Wolfswinkel, os leões voltaram a sofrer e ao intervalo tudo estava empatado nas contas da meia-final. Assim, e pelo que aconteceu na primeira parte, as dúvidas eram muitas sobre quem seria o finalista da Liga Europa.

Estavam lançados todos os ingredientes para um grande segundo tempo e as equipas não desapontaram. Numa etapa complementar marcada pelo domínio repartido do jogo, até nas bolas bolas ao poeste as formação ficaram empatadas.

Aos 52 minutos, Ander Herrera cabeceou ao poste da baliza de Rui Patrício, mas, fazendo jus a uma grande atitude que sempre mostrou ao longo de todo o jogo, o Sporting não se atemorizou.

Com raça e um enorme querer(que melhores palavras para descrever a equipa de Sá Pinto neste jogo e na Europa?), os leões assumiram as despesas do encontro e, apenas três minutos depois, Insúa, na marcação de um livre, fez o esférico bater no poste da baliza defendida por Iraizoz.

Foi um início frenético da segunda parte, onde voltou a haver um enorme equilíbrio entre as equipas, que sempre procuraram o golo que lhes daria o passaporte para a final de Bucareste. O Sporting nunca foi inferior à formação de Marcelo Bielsa mas acabou por sofrer o golo da eliminação quando já quase toda a gente esperava pelo prolongamento.

Llorente, aos 88 minutos, aproveitou alguma confusão na área leonina e bateu Rui Patrício pela terceira vez na noite, qualificando o Athletic Bilbao para a final da Liga Europa.

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